domingo, 27 de março de 2011
O dia-a-dia do dia
Nos prédios desaba a camada azul clara que coloria o meio-dia. Porém ela não mais irradiava luz como quando estava nas alturas, tão linda, magnífica, fazendo vibrar quem se expunha nas ruas !
Acontece que quando o dia trocou-a por sua veste amarelada com luzes laranja-brilhante contornando as nuvens, riscando sua estensão. A cidade adquiriu uma atmosféra mais pacifica, insipiradora para aqueles que sabem amar. A veste azulada teve inveja de tamanha beleza- se igualaria a sua?- e do aspecto maduro que o amarelo dava aos prédios, e então, para impedir o vislumbramento de tamanho desbunde, caiu sobre as ruas, fria, obscura, apagando todos os traços laranjas provenientes do final de dia, até dessipá-los.
Dando-se conta do que provocara, o céu, culpado, presenteou sua roupa azul, agora enegrecida, com uma fonte de luz, um ponto mesmo, que vai alimentando-a, revertendo toda a sua negritude em azul, lindo, estonteante. Como dois amantes após muito tempo separados, eles se unem, o céu pintando cada pedacinho seu com azul clarinho.
Emocionada com a reconciliação do céu com o dia, a cidade acorda.
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